domingo, setembro 02, 2007

Clarice e Marcos jantam. Aparentemente tudo segue como nas noites anteriores. Comentários sobre como foi o dia no trabalho. Transito lento na volta para casa. O calor excessivo dos últimos dias. Da urgência de férias para ambos. Até que, uma discussão banal sobre o tempero da comida deflagra uma guerra verbal entre ambos. Medos, rancores e frustrações vêem a tona como as bolhas do proseco que teimam em dançar freneticamente em suas taças.Ao final daquela noite restarão somente cacos de si mesmo e daquilo que pensavam que seriam.Clarice: “Naquele tempo em que o ar estava impregnado com aquele odor primaveril.”Marcos: “Resta esta manhã com gosto de desesperança.”

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