Dor e Delícia
“Sua obra é ácida e frágil, dura como o aço e fina como a asa de uma borboleta. Cativante como um sorriso e cruel como as aguras da vida. Creio que jamais, até hoje, uma mulher depositou tanta agonia e poesia nas telas.”
Com esse depoimento, na parte final do filme, Diego Rivera sintetiza a pessoa e a obra da genial artista mexicana Frida Kahlo.
Tentar falar e explicar as imagens e cenas do filme é correr o risco de cair no reducionismo que a artista sempre evitou em vida.
Frida transferiu para sua obra toda a dor física e emocional que passou em vida. E não via muito sentido (para as outras pessoas) em suas telas. “Os meus quadros só têm importância para mim.” Ainda questionada por Leon Trotsky nas ruínas de uma civilização antiga sobre como é conviver com a dor ela diz: “Já me cortaram, quebraram e realinharam tantas vezes que pareço um quebra-cabeça.”
Logo no início do filme é mostrado um acidente cruel sofrido pela pintora. Acidente esse que foi uma espécie de mola propulsora para o mergulho na arte e na vida feito por ela e o início de uma seqüência de dores físicas, emocionais, sexuais, filosóficas e existenciais vividos pela artista. Há uma cena particularmente emblemática em que ela num processo de recuperação dos movimentos via fisioterapia é colocado nela uma espécie de espartilho de ferro e ela num momento de criação retrata a si mesma com aqueles ferros fazendo parte do seu corpo e uma lágrima escorrendo dos seus olhos.
O filme utiliza-se várias vezes da fusão das pinturas com os personagens de carne e osso. Brincando com os nossos sentidos cognitivos visuais.
Um outro cenário que de certa forma ilustra bem a força visual e vibrante da obra da pintora é o pátio da sua casa. O azul intenso junto com animais e estátuas exóticas retratam a luminosidade e intensidade da obra da artista.
Ao final do filme temos a belíssima imagem de Frida (em chamas) numa cama com dossel em seus “momentos finais” transformada em pintura. O seu semblante plácido e sereno de uma artista que cumpriu o papel a que se propôs em vida. Semblante de uma artista a frente de seu tempo que transformou a sua dor e inquietude em arte. Tirando beleza e lirismo da dor e da delícia de viver intensamente.
“Pés, para que preciso deles, se tenho assas pra voar?”.
Com esse depoimento, na parte final do filme, Diego Rivera sintetiza a pessoa e a obra da genial artista mexicana Frida Kahlo.
Tentar falar e explicar as imagens e cenas do filme é correr o risco de cair no reducionismo que a artista sempre evitou em vida.
Frida transferiu para sua obra toda a dor física e emocional que passou em vida. E não via muito sentido (para as outras pessoas) em suas telas. “Os meus quadros só têm importância para mim.” Ainda questionada por Leon Trotsky nas ruínas de uma civilização antiga sobre como é conviver com a dor ela diz: “Já me cortaram, quebraram e realinharam tantas vezes que pareço um quebra-cabeça.”
Logo no início do filme é mostrado um acidente cruel sofrido pela pintora. Acidente esse que foi uma espécie de mola propulsora para o mergulho na arte e na vida feito por ela e o início de uma seqüência de dores físicas, emocionais, sexuais, filosóficas e existenciais vividos pela artista. Há uma cena particularmente emblemática em que ela num processo de recuperação dos movimentos via fisioterapia é colocado nela uma espécie de espartilho de ferro e ela num momento de criação retrata a si mesma com aqueles ferros fazendo parte do seu corpo e uma lágrima escorrendo dos seus olhos.
O filme utiliza-se várias vezes da fusão das pinturas com os personagens de carne e osso. Brincando com os nossos sentidos cognitivos visuais.
Um outro cenário que de certa forma ilustra bem a força visual e vibrante da obra da pintora é o pátio da sua casa. O azul intenso junto com animais e estátuas exóticas retratam a luminosidade e intensidade da obra da artista.
Ao final do filme temos a belíssima imagem de Frida (em chamas) numa cama com dossel em seus “momentos finais” transformada em pintura. O seu semblante plácido e sereno de uma artista que cumpriu o papel a que se propôs em vida. Semblante de uma artista a frente de seu tempo que transformou a sua dor e inquietude em arte. Tirando beleza e lirismo da dor e da delícia de viver intensamente.
“Pés, para que preciso deles, se tenho assas pra voar?”.
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